Você já parou pra pensar como as decisões sobre os impostos lá dos Estados Unidos podem balançar o mercado de trabalho aqui no Brasil? Pois é… Parece distante, mas afeta (e muito!) quem está no mundo corporativo – o pessoal do RH quem o diga!
O que tá rolando?
Os EUA resolveram apertar as regras de importação, cobrando mais impostos sobre produtos vindos de países como Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul — o famoso grupo BRICS. E aí vem o efeito dominó, produtos brasileiros ficam mais caros lá fora, investidores ficam cautelosos com o Brasil, empresas precisam mudar suas estratégias internacionais e/ou apertar os cintos, e adivinha quem sente tudo isso de pertinho?
Esse anúncio acendeu um alerta vermelho principalmente no setor produtivo gaúcho. E não é pra menos: os EUA são o segundo maior destino das exportações do estado, que segundo a Farsul, chega a cerca de 10%, com destaque para alimentos processados, proteína animal, soja, fumo e celulose.
Com a nova tarifa, esses produtos ficam menos competitivos, o que pode levar à queda nas vendas, redução de produção e impacto direto no emprego rural e industrial.
Olhando sob a ótica da empregabilidade, esse cenário exige atenção redobrada, pois há risco de demissões em setores ligados à exportação como agroindústria, siderurgia, calçados e aviação, além de redução de horas ou salários em empresas que enfrentam queda de receita, desaceleração na geração de novos empregos, especialmente em regiões dependentes do comércio exterior, pressão sobre o custo de vida, com possível alta da inflação devido à desvalorização do real, necessidade de estratégias de retenção em tempos de incerteza e aumento da demanda por profissionais com visão internacional, capazes de ajudar empresas a buscar novos mercados.
Fora que o clima de instabilidade pode afetar o engajamento dos colaboradores, exigindo uma liderança mais empática e estratégica para mitigar esses efeitos, como o investimento em capacitação para áreas menos afetadas ou com maior potencial de crescimento, adaptação dos produtos e serviços para atender à demanda nacional, redução da dependência de insumos importados e buscar fornecedores locais, apostando na ampliação dos canais de venda, melhorando processos e reduzindo custos operacionais.
Diante de um cenário tão desafiador, o que mais desejamos é que o impacto dessa crise seja o menor possível — não apenas para o mercado, mas principalmente para as pessoas que constroem, todos os dias, o que temos de melhor. Que as medidas adotadas pelas empresas e o governo, somadas à resiliência dos profissionais brasileiros, sejam capazes de evitar demissões e preservar o valor humano nas organizações. O momento pede atenção e adaptação, mas também convida à esperança: com criatividade e cooperação, é possível enfrentar as turbulências sem abrir mão das pessoas que fazem “tudo acontecer”.